E você não me conhece, eu não conheço você.
Te escrevo por absoluta necessidade. Não conseguiria dormir outra vez se não te escrevesse.

Caio F.

O blues já valeu a pena.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Hoje resolvi voltar aqui, para falar de uma menina.
Tudo começou no inicio deste ano, em meio a multidão de desconhecidos desnecessários, enxerguei aquela pele branquinha, naquela roupa que a define. Mas, pra variar, jamais me aproximei. Era como se ela tivesse saído de um filme antigo, romances não correspondidos, coisa de escola.
E aquela menina me fascinou de um jeito surpreendente, passava por mim e eu prendia a respiração, até que finalmente após meses ouvi sua voz. Estive perto o suficiente para fazer uma pergunta, duas. Nada demais, coisa de momento. Até que encontrei em tal lugar, conversamos loucamente, percebi que era mais do que imaginei, muito além de qualquer pensamento que pude ter.

Para resumir, meu dom de estragar tudo até quando não toco logo apareceu, de repente ela sumiu.

Uma única vez, ouvi tua voz.

Uma única vez, conversei contigo.

Uma única vez, é o que tenho.

Ontem passou por mim, abaixou a cabeça e continuou a andar. Como esquecer a cena? Ficou gravada.

Não estou dizendo que me apaixonei, posso dizer que me encantei.

Sem final feliz, sem história bonita, sem formatação, sem correção, apenas quis escrever e registrar, porque sei que vou esquecer, por aqui irei lembrar, daquela menina, da pele branquinha, do jeito meigo mas pensamentos fortes, que um dia encontrei.


E